terça-feira, 13 de março de 2012

Dia da poesia


Bom dia queridos leitores! Hoje é dia nacional da poesia, e
eu não poderia deixar de passar aqui para falar um pouco sobre.
Aos poetas...
Poesia
é uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos.
Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento
musical muito comum na Grécia antiga.
Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
Hoje é considerado o Dia Nacional da Poesia, pois foi nesta data que nasceu o
grande poeta brasileiro Castro Alves.
Poeta romântico, Castro Alves morreu de tuberculose na capital baiana Salvador
em 06 de julho de 1871, com apenas 24 anos.
Castro Alves escreveu obras clássicas como "Navio negreiro" e
"Espumas flutuantes".
Gostaria de aproveitar para lembrar hoje de outro poeta
também muito importante para a literatura brasileira, Manoel Bandeira. E como o
Recife a pouco completara mais um ano de vida traga com os textos de Bandeira a
minha homenagem.
Evocação
do Recife
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
— Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado
e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras
mexericos namoros risadas
A gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:
Coelho sai!
Não sai!
A distância as vozes macias das meninas politonavam:
Roseira dá-me uma rosa
Craveiro dá-me um botão
(Dessas rosas muita rosa
Terá morrido em botão...)
De repente
nos longos da noite
um sino
Uma pessoa grande dizia:
Fogo em Santo Antônio!
Outra contrariava: São José!
Totônio Rodrigues achava sempre que era são José.
Os homens punham o chapéu saíam fumando
E eu tinha raiva de ser menino porque não podia ir ver o fogo.
Rua da União...
Como eram lindos os montes das ruas da minha infância
Rua do Sol
(Tenho medo que hoje se chame de dr. Fulano de Tal)
Atrás de casa ficava a Rua da Saudade...
...onde se ia fumar escondido
Do lado de lá era o cais da Rua da Aurora...
...onde se ia pescar escondido
Capiberibe
— Capiberibe
Lá longe o sertãozinho de Caxangá
Banheiros de palha
Um dia eu vi uma moça nuinha no banho
Fiquei parado o coração batendo
Ela se riu
Foi o meu primeiro alumbramento
Cheia! As cheias! Barro boi morto árvores destroços redemoinho sumiu
E nos pegões da ponte do trem de ferro
os caboclos destemidos em jangadas de bananeiras
Novenas
Cavalhadas
E eu me deitei no colo da menina e ela começou
a passar a mão nos meus cabelos
Capiberibe
— Capiberibe
Rua da União onde todas as tardes passava a preta das bananas
Com o xale vistoso de pano da Costa
E o vendedor de roletes de cana
O de amendoim
que se chamava midubim e não era torrado era cozido
Me lembro de todos os pregões:
Ovos frescos e baratos
Dez ovos por uma pataca
Foi há muito tempo...
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem
Terras que não sabia onde ficavam
Recife...
Rua da União...
A casa de meu avô...
Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade
Recife...
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro
como a casa de meu avô.
Manoel Bandeira

terça-feira, 6 de março de 2012

PONTUAÇÃO: O Mistério da Herança

Homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortuna, não teve tempo de fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que precisava fazer isso. Pediu, então, papel e caneta. Só que, com a ansiedade em que estava para deixar tudo resolvido, acabou complicando ainda mais a situação, pois deixou um testamento sem nenhuma pontuação. Escreveu assim: “DEIXO MEUS BENS A MINHA IRMÃ NÃO A MEU SOBRINHO JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO PADEIRO NADA DOU AOS POBRES.”
Morreu, antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes: o sobrinho, a irmã, o padeiro e os pobres. Os herdeiros assim o pontuaram:
1) O SOBRINHO fez a seguinte pontuação:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A IRMÃ chegou em seguida. Pontuou assim o escrito :Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O PADEIRO puxou a brasa pra sardinha dele:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Então, chegaram os POBRES da cidade. Espertos, fizeram esta interpretação:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres

domingo, 4 de março de 2012

Interpretaçãओ.


Após ver a imagem, responda em forma de texto as perguntas: Sobre o que ela fala? É um problema atual? Você lembra de algum exemplo relacionado ao assunto? Há solução para o problema?
Mande suas repostas pelo comentário ou danuzamorais@hotmail.com